How can we interpret the agency of metals, following, for example, the laboratories of chemists? Substances such as molecules, from a recurring point of view in these laboratories, have "behaviors." These behaviors are seen as agencies without apprehension of consciousness or "animation." So, in these scientific research contexts, inanimate substances can have agency because they have behaviors that can even be anthropomorphized. Looking at the relationship between the living and the non-living from the point of view of chemists confuses our ways of seeing processes. From this perspective, metal does not oppose the living but, like the living, has behaviors. Furthermore, from the molecular scale and the reflexive perspective of chemists, the question of an opposition between living and non-living entities may not make as much sense. From this perspective, the behavior of certain metals is an essential part of the production of life, marking the relationship between metal and living beings as very relative to the levels and scale of the analysis. In other words, given a particular scale, there is no difference, and what happens in a living organism is an integral part of certain mental behaviors. Based on ex post facto anthropological research (Machado, 2019), we present some examples from laboratory experience and learning chemistry to discuss the questions above.
Como podemos interpretar a agência de metais, a seguir, por exemplo, os laboratórios dos químicos? Substancias como moléculas, de um ponto de vista recorrente nesses laboratórios, têm “comportamentos”. Esses comportamentos são vistos como agências, embora sem qualquer apreensão de consciência ou “animação”. Assim, nesses contextos de pesquisa científica, substâncias inanimadas podem ter agência por terem comportamentos que podem até ser antropomorfizados. Encarar a relação entre vivos e não vivos do ponto dos químicos embaralha nossos modos de ver os processos. Nessa perspectiva, o metal não está em contraposição ao vivente, mas, como ele, tem comportamentos. E adentrando a escala molecular e a perspectiva reflexiva dos químicos, a questão de uma oposição entre entes vivos e não vivos pode não fazer tanto sentido. Nessa perspectiva, o comportamento de certos metais é parte essencial da produção da vida, marcando a relação entre metal e viventes como muito relativa aos níveis e escala da análise. Ou seja, dada uma certa escala, não há diferença qualquer e o que acontece num organismo vivo é parte integral de certos comportamentos do metal. A partir de uma pesquisa antropológica ex post facto (Machado 2019) apresentamos alguns exemplos retirados da experiência nos laboratórios e no aprendizado de química para discutir as questões acima.
